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Leo Burnett é a agência que paga melhor

A Leo Burnett Tailor Made é a agência que paga o maior salário médio no Estado de São Paulo, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira, 13, pelo Sindicato dos Publicitários. Entre as agências com mais de 30 funcionários, ela lidera o ranking que considera o salário médio pago a todos os cargos. Na Leo Burnett Tailor Made, este valor médio é de R$ 11.324,00.
Na sequência, aparecem a Cheil (R$ 10.048), G2 (R$ 9.241), Talent (R$ 8.957) e AlmapBBDO (R$ 8.767). A lista inclui dezenas de agências, sendo que a menor média salarial é de R$ 1.190,00, praticada na PPM e na Prime Mídia.
Também foram divulgados os salários médios por áreas, considerando todas as agências incluídas no levantamento. Desta forma, pode-se constatar que a área de criação é a que paga melhor: média de R$ 8.245,00. Na sequência, surgem a área de administração central - ligada ao alto comando da agência (R$ 6.446), o setor de atendimento/planejamento (R$ 6.386) e a área de mídia (R$ 5.734).
Segundo a pesquisa, há grande discrepância entre salários pagos pela mesma função entre as agências. Para o cargo de redator, por exemplo, o salário varia de R$ 1.539,00 a R$ 67,6 mil, com média de R$ 11,6 mil (considerando agências com mais de 30 funcionários) Entre diretores de arte, a diferença vai de R$ 2.549,00 a R$ 79,6 mil, com média de R$ 11,8 mil, pouco superior á de redator. Já os diretores de criação estão entre as faixas de R$ 8 mil e R$ 85,2 mil, com média de R$ 25,4 mil.

A realidade de grandes variações salariais entre agências vale também para outros segmentos. Em atendimento e planejamento, por exemplo, um gerente de planejamento ganha entre R$ 6,2 mil e R$ 36,6 mil no mercado. Na mídia, um coordenador de mídia leva entre R$ 1,8 mil e R$ 51,9 mil. E no comercial, um supervisor de contas ganha entre R$ 3,2 mil e R$ 22,6 mil (todos considerando-se as agências com mais de 30 funcionários).

Além da comparação com os concorrentes, as variações atingem também as próprias estruturas internas das agências. Embora não revele todos os salários de cada uma, o presidente do Sindicato, Benedito Antonio Marcello, estima que 20% dos funcionários ganhem 80% do total da folha salarial, na média do mercado. 
O Sindicato dos Publicitários do Estado de São Paulo levou em consideração os salários de profissionais que trabalham com carteira assinada, informados pelas agências em 2011, e reajustou os valores em 10%, índice de reajuste que pleiteia para abril de 2012. Os valores não incluem bonificações e pagamentos extras, como vales transporte e refeição. Profissionais que atuam como pessoa jurídica não foram considerados. Segundo o Sindicato, algumas agências não informaram os salários que pagam, prática que iria contra a legislação trabalhista.

O Sindicato revelou ainda o quadro de pessoal das agências. A Y&R tem 395 funcionários com carteira, seguida por Ogilvy (297), DM9DDB (293), JWT (261) e AlmapBBDO (248).

Sindicato quer Padronização
Com a revelação dos dados, os objetivos do Sindicato são basicamente três, como afirma Dalton Silvano do Amaral, diretor financeiro da entidade, que também é vereador da cidade de São Paulo pelo PV. O primeiro é a padronização de nomes de cargos. “Queremos uma nova codificação de funções e cargos, porque a última é dos anos 80. De lá para cá, as agências acabaram não cumprindo o código, porque ele ficou defasado. Queremos chegar a um acordo para o nome dos cargos, para que eles sejam aplicados a funções idênticas, evitando distorções”, afirma.
Outro objetivo é estabelecer um piso salarial por cada cargo. “Isso evitará o arroxo salarial ocasionado pela saída de um profissional e a chegada de outro para ganhar menos na mesma função”, analisa. A terceira meta é um plano de carreira, em que se saberá, por exemplo, quanto tempo alguém pode levar para sair do piso e galgar as graduações seguintes.
A expectativa do Sindicato é acabar com distorções de cargos e salários (seja na mesma agência, seja na comparação com os concorrentes) e atualizar os parâmetros em relação à nova realidade do mercado, com diversas funções antes inexistentes, especialmente em segmentos técnicos e de informática. “Hoje, a agência paga o que quer e dá o nome de cargo que quer. Há muitos casos de trainees para diversas funções. E há casos de redatores divididos em graduações e recebendo salários bem diferentes, mas com a mesma função”, diz Silvano.
A última divulgação de dados deste gênero ocorreu no começo dos anos 90. A atual estrutura de cargos foi determinada nos anos 80 por um acordo coletivo com o Sindicato das Agências de Propaganda (Sinapro). Na ocasião, o mercado tinha 57 funções, incluindo algumas que perderam espaço, como ilustrador e revisor. Agora, a conta já estaria batendo em 260 funções.

A divulgação do projeto de cargos e salários do Sindicato foi acompanhada por Roberto Pereira Tourinho Dantas, vice-presidente da Sinapro-SP. Ele irá analisar os dados, mas já ressaltou que existem questões a serem analisadas dentro do projeto, como as dificuldades para padronização dos cargos no mercado, a falta de discriminação entre agências de diferentes especialidades, como digital, promoção e publicidade full service.


Extraído do Meio e Mensagem

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